Mulheres ocupam cargos considerados "masculinos" e dão show de competência

Motorista de ônibus, segurança de loja, mototaxista, mecânica, eletricista. Por todos os cantos do Brasil não é difícil encontrar mulheres exercendo profissões antes consideradas “masculinas”. Aos poucos, elas estão mostrando que essa idéia de “sexo frágil” é imprópria, até mesmo quando o assunto é profissão.

Foto: Reprodução Internet

Segundo um levantamento da Expertise, empresa de pesquisa e inteligência de mercado, feita com 1,258 pessoas em todo Brasil, a presença feminina em profissões consideradas masculinas é tida como algo normal. Diante deste cenário, não é difícil encontrar mulheres trabalhando em espaços, que até então eram ocupadas apenas por homens. 

Valda é um exemplo e faz parte dessas mulheres destemidas que não tem medo de botar a “mão na massa” conheceu cedo a dura realidade da vida. Aos 10 anos de idade, já trabalhava como doméstica, e por muito tempo sofreu humilhações das patroas. Ela tentou de tudo, mas os empregos eram sempre precários e o salário muito pouco. Hoje, finalmente encontrou algo que gosta de fazer. Na profissão de gari, ela se sente orgulhosa por realizar um trabalho tão importante: deixar a cidade limpa. 

A rotina é intensa, tem início às 06 horas da manhã e termina às 15 horas. Ao todo, Valda chega a limpar até quatro praças por dia. Mesmo com um trabalho pesado e cansativo, ela ainda sofre com o preconceito de muita gente.

“Nós trabalhamos, limpamos a rua para eles andar, limpamos as portas para eles andar, a praça para eles se divertirem com os filhos deles, para ficar limpinha, então eu não vejo porque eles sentirem nojo de nós. Porque eles que são os sujos, nós que somos os limpos, porque somos nós que limpamos para eles sujarem”, explica Valda. 

Guerreira também é Sandra, há dois anos ela é motorista de ônibus. Contrariando o ditado popular “ Mulher no volante é perigo constante” , Sandra chama atenção da população pela competência profissional e a ótima habilidade na direção. “A maioria dizem que sentem mais segurança, que eu transmito confiança, segurança e que geralmente, as mulheres são mais atenciosas, mais cuidadosas e cautelosas também”, conta. 

Com coragem, competência e dedicação, mulheres como Valda e Sandra ganham cada vez mais o reconhecimento do suor do seu esforço, mostrando que um bom profissional não é feito de gênero, mas sim de competência. Vencendo os desafios e preconceitos, elas seguem firmes no comando.